Kung Fu Ano da Serpente 2025: O Caminho da Mudança

Kung Fu Ano da Serpente 2025:  Há um tempo para o vigor do tigre e um tempo para a sutileza da serpente. O Ano da Serpente chega como um rio silencioso que escava montanhas, como o vento que dobra os bambus sem os quebrar.

A serpente, sem patas, move-se com graça. Sem garras, subjuga sua presa. Sem voz, impõe sua presença. No chão ou nas árvores, na sombra ou à luz, vê sem ser vista. Seu veneno pode matar; sua pele, renovar-se.

O que a serpente ensina neste ciclo que se inicia?

A SERPENTE QUE NÃO RESISTE: O SEGREDO DO KUNG FU

O punho fechado endurece e fere a si mesmo. A palma aberta recebe e transforma.

No kung fu, há aqueles que golpeiam como o tigre, há aqueles que resistem como o dragão. Mas há os que deslizam como a serpente: fluida, paciente, letal sem pressa.

A serpente não desafia a força – ela a contorna. Não se impõe – espera. Quando ataca, não desperdiça energia. Cada movimento é necessário, cada gesto, preciso.

Aquele que aprende com a serpente não luta contra a correnteza; torna-se ela.

Diante dos desafios, há força na resistência ou é na flexibilidade que se encontra o verdadeiro poder?

A SERPENTE QUE ASSUSTA: A LUZ E A SOMBRA DO MEDO

Nos contos antigos, Bai Suzhen, a Serpente Branca, cultivou sua alma por mil anos até tornar-se humana. No amor, encontrou alegria; na revelação de sua verdadeira forma, encontrou rejeição. O medo dos homens não estava nela, mas naquilo que ela representava: o desconhecido, o que desafia a ordem, o que não pode ser domado.

Mas o medo, como a serpente, desliza entre a ilusão e a verdade. Quem foge dele, acaba perseguido. Quem o encara, descobre que a ameaça pode ser apenas um reflexo da própria inquietação.

Aquilo que se rejeita é, de fato, uma ameaça ou apenas algo que escapa à compreensão?

A SERPENTE QUE CURA: O PARADOXO DE MOISÉS

Conta-se que, no deserto, aqueles que eram mordidos por serpentes encontraram cura ao olhar para a imagem de uma delas, erguida sobre uma haste. O veneno e a cura, duas faces de uma mesma moeda.

Assim também são os desafios: o mesmo golpe que derruba ensina a levantar. O mesmo erro que causa dor guia ao aprendizado. Nem sempre a solução está na fuga; às vezes, está em olhar para aquilo que fere e enxergar além do medo.

No que se evita olhar pode estar a cura que se busca?

Kung fu, ving tsun, wing chun, arte marcial

A SERPENTE QUE SE RENOVA: O CICLO DA MUDANÇA

A pele antiga aperta. A serpente não a carrega consigo – ela a abandona.

Mestre Víbora, na história dos Cinco Furiosos, nasceu sem presas. Poderia ter visto nisso uma fraqueza. Mas, como a serpente que troca de pele, encontrou uma nova forma de ser forte. Sua agilidade tornou-se sua arma. Sua suavidade, seu escudo.

Quando se insiste em carregar aquilo que já não pertence, torna-se prisioneiro da própria rigidez. Mudar não é perder – é deixar o que era pequeno para caber no que pode ser grande.

O que já não serve pode ser solto? O que precisa ser abandonado para que o novo tenha espaço?

A SERPENTE DE MADEIRA: O MOMENTO IDEAL PARA A REFLEXÃO E A ADAPTAÇÃO

Cada ciclo do zodíaco chinês carrega um elemento que molda sua energia. A serpente deste ano não é apenas serpente – é de madeira.

A madeira cresce, expande-se, molda-se ao tempo. Diferente do metal que resiste ou do fogo que consome, a madeira se enraíza, mas também se curva ao vento. O aprendizado deste ciclo não está na velocidade da mudança, mas na forma como ela se aprofunda.

A serpente de madeira não se apressa. Ela cresce em silêncio. O tempo não a apavora. Ela compreende o ritmo da transformação.

Este não é um ano de impulsividade. É um ano de crescimento lento, porém firme. Um ano para refletir antes de agir, para planejar antes de avançar. Um tempo em que cada movimento precisa ser tão preciso quanto o golpe da serpente e tão firme quanto o tronco da árvore que suporta a tempestade.

A SERPENTE E O FLUXO DO TEMPO

O tempo se move como a serpente: nunca em linha reta, sempre em curvas, sempre encontrando um caminho.

A resistência cria atrito. A rigidez se quebra. O medo paralisa. A serpente, no entanto, ensina que há um terceiro caminho — aquele que se adapta, observa, compreende e segue adiante sem carregar o peso do que já não serve.

Muitos temem a serpente porque ela representa a mudança. Outros a admiram porque reconhecem nela a sabedoria do fluxo, como no Sistema Ving Tsun.

O Ano da Serpente chegou. Ele não pede permissão. Ele não espera. Ele apenas desliza.

Diante disso, há duas escolhas: lutar contra o movimento ou aprender a dançar com ele.

O rio não pergunta se pode seguir adiante — ele segue. A pele velha da serpente não discute para permanecer — ela cai.

Quando o próximo ciclo chegar, qual será a escolha?

Silêncio antes do movimento. Espera antes da ação. Desapego antes do crescimento.

O que já não serve pode ser solto?

O que deve ser transformado?

O que precisa ser permitido?

A serpente já sabe. O tempo já se move.

O caminho já está aberto.

O Polo São Paulo de Kung Fu Ving Tsun (Wing Chun) está localizado na Avenida Nova Independência, 581, próximo à Avenida Luiz Carlos Berrini, no Brooklin. A escola está cercada por importantes bairros da cidade, como Brooklin Velho, Brooklin Novo, Santo Amaro, Alto da Boa Vista, Chácara Santo Antônio, Campo Belo, Morumbi, Panamby, Moema, Vila Olímpia, Itaim Bibi, Pinheiros, Jardins, Jardim Paulista e Vila Nova Conceição.